O MITO DA MODERNIDADE COMO MITO DO COGITO: ELEMENTOS PARA UMA APROXIMAÇÃO CONCEITUAL ENTRE HENRIQUE DUSSEL E PAUL RICOEUR

Leonardo Magalde Ferreira

Resumo


O objetivo deste artigo será o de aproximar duas linhas de pensamento aparentemente distintas, a saber, a filosofia hermenêutica de Paul Ricoeur e a filosofia da libertação de Henrique Dussel. Como ponto de convergência entre os dois autores, utilizaremos a crítica efetuada por ambos ao racionalismo expresso no cogito cartesiano, que por sua vez é tido como o início do período Moderno. Ademais, no que diz respeito a este cenário, tanto Ricoeur quanto Dussel possuem posições muito semelhantes, pois, se para o filósofo francês o cogito, entendido como acesso direto à consciência, não passa de uma ilusão, para o pensador latino-americano a modernidade europeia surge a partir desta ilusão, onde a primazia dada à consciência passa a ser utilizada para fins de conquista. Deste modo, em um primeiro momento abordaremos o surgimento das críticas ao pensamento cartesiano ocorridas no período contemporâneo para mostrar em seguida, de modo mais detalhado, como Ricoeur e Dussel evidenciam suas falhas e incoerências.

 

Palavras-chave: cogito; modernidade; consciência; conquista; outro


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